No dia 27 de fevereiro, no laboratório, os alunos mediram 50ml de gasolina comum em uma proveta de 100 ml e completaram o volume com água ou solução aquosa saturada de NaCl. Após a agitação, retornaram a mistura para a proveta e deixaram em repouso, aguardando a separação de fases. Mediram o volume de ambas as fases e a partir desse, verificaram o teor de álcool na gasolina.  

A porcentagem de álcool é regulamentada por lei. Recentemente, foi estabelecido um novo padrão que é de 18-24%. Se por um lado existem vantagens, o excesso de álcool na gasolina proporciona um aumento de corrosão nas peças que compõem o motor, diminuindo a sua vida útil, além do aumento do consumo e de produção de óxidos de nitrogênio (gases poluentes).

O uso de gasolina adulterada pode causar sérios prejuízos nos veículos, segundo especialistas. A recomendação é que o consumidor procure apenas postos de combustíveis de confiança para abastecer. No caso de dúvidas sobre o produto, os clientes podem pedir que os funcionários do posto façam um teste para comprovar a qualidade do combustível.

Em muitos casos, a adulteração é feita com o etanol. Isso acontece quando a quantidade de álcool na gasolina é maior do que a permitida pela Agência Nacional de Petróleo (ANP), no caso, 25%. Um teste simples e obrigatório, caso haja dúvida, pode ser feito em qualquer posto de combustíveis para saber qual é a porcentagem de álcool existente na gasolina vendida. Em um recipiente de 100ml, o frentista coloca metade de água e metade de gasolina. A gasolina não se mistura com a água, apenas o etanol. Então é só ficar de olho: se o líquido transparente (mistura do etanol com água) atingir 10ml, é a quantidade ideal, 25%. Caso o líquido transparente seja maior, o combustível é alterado. A denúncia em casos de adulteração é importante.

“Se a pessoa se sentir lesada, ela pode procurar a ANP, pelo site anp.gov.br, ou então, procurar o Procon e fazer valer o direito”.

Professora Christiane Paiva