No dia 21 de novembro de 2014, os vencedores do III Concurso Nacional Literário Infantil Espantaxim foram entrevistadas pelo repórter Pablo Pacheco, do jornal Correio de Uberlândia. Lucas Eduardo C. Alves de Melo, Gabriela Prado Aguiar, Guilherme Guimarães Pamplona e Piehtra Marcos Martins de Carvalho participaram com entusiasmo do concurso e, com certeza, essa conquista fará parte da caminhada de cada um deles.
A entrega do prêmio Espantaxim 2014 aos vencedores e das antologias aos selecionados será feita no 1° semestre de 2015.
por Pablo Pacheco
O 2º Festival Uberlândia do Livro Infantil (Fulia), que teve uma programação com atividades em escolas e instituições públicas da cidade, encerra-se hoje com a realização de uma Feira Literária aberta a crianças, jovens, pais e professores.
A feira, que acontece na Associação Comercial e Industrial de Uberlândia (Aciub), inclui palestras de artistas e professores da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), além de mesas-redondas, bate-papo, contação de histórias e a exposição de obras de literatura infantil.
“Acreditamos que para despertar o interesse pela leitura em uma criança é necessário estimular primeiramente os pais, ou responsáveis pela criança e professores, pois é pelo exemplo que a criança se sente estimulada a tomar atitudes e realizar atividades. De nada adianta um pai ou professor dizer que é importante ler se ele não demonstra interesse e gosto por livros”, afirmam Juliana Schroden e Fernanda de Oliveira, organizadoras do festival.
Para as coordenadoras do Fulia, a literatura infantil pode abarcar diversos segmentos, incluindo as histórias em quadrinhos, os relatos orais, a poesia, o conto e o romance. “O Fulia e a feira de encerramento dão visibilidade aos artistas de Uberlândia, além de movimentar um mercado promissor como o literário, especialmente o de livros infantojuvenis”, diz Juliana Schroden.
Sônia Barros destaca a importância da literatura infantil
O encerramento do 2º Fulia, hoje, vai contar com exposição de trabalhos dos escritores Sônia Barros, Martha Pannunzio, Juliana Schroden, Fernanda de Oliveira, Giordano Pagotti, Malu Gouvêa, Leda Gonzaga, Marina Bernardes, Ivone de Assis, Tatyana Zanesco, Maria Cláudia Lopez, Cleusa Bernardes, Rosi Ferreira e outros escritores de Uberlândia e região.
Sônia Barros, que participa de um bate-papo às 11h, nasceu em 1968, na cidade de Monte Mor (SP), cursou a faculdade de Letras na Universidade Metodista de Piracicaba (SP) e ministrou aulas de Língua Portuguesa durante dez anos.
Com diversos títulos publicados para crianças e jovens e colunista da revista “Recreio”, publicada pela editora Abril, a autora concedeu uma entrevista exclusiva ao CORREIO de Uberlândia.
CORREIO DE UBERLÂNDIA – Quando e como se construiu a sua carreira literária?
Meu primeiro livro, “Diário ao contrário”, foi publicado em 1997. Já publiquei 17 títulos para crianças e adolescentes, sendo que cinco deles foram transcritos para o braile. Em 2007, publiquei um livro de poemas para adultos, “Mezzo voo”. Tenho mais um livro de poemas, também para adultos, que deve ser lançado ainda neste ano.
O que significa para você escrever a um público formado por crianças que estão ávidas por informações e descobertas?
Quando escrevo, não penso na idade do leitor, mas sei que, se for uma criança, a responsabilidade é ainda maior. Afinal, o livro pode envolvê-la, atraindo-a, ou afastá-la da leitura. Desejo que a minha emoção ao escrever e as experiências vividas pelos personagens cheguem até a pessoa que irá ler o livro, ampliando seu mundo interior, tenha a idade que tiver.
Recentemente, você lançou um livro voltado ao público adulto. Quando surgiu essa vontade e como foi esse “ritual de crescimento” dos seus temas?
Meu livro mais recente, “A coragem de Leo”, teve duplo nascimento: em tinta e em braile. O lançamento aconteceu na semana passada, durante a Feira do Livro de Porto Alegre. O livro é, na verdade, um juvenil, mas que também pode ser lido por adultos. Como, aliás, todos os outros livros. Por isso, acredito que não houve crescimento em relação aos temas abordados, mas, talvez, na minha maneira de escrever, tentando sempre me aperfeiçoar a cada livro, o que é um grande desafio.
Você considera que a literatura vai continuar a ocupar papel fundamental na formação dos pequenos, em meio à evolução das tecnologias de comunicação?
Não tenho dúvidas quanto ao importantíssimo papel da literatura na formação de uma criança. Mas é imprescindível que haja um adulto leitor por perto, estimulando-a. E esse mediador, que pode ser alguém da família, um professor ou um bibliotecário, por exemplo, tem de ser “apaixonado” pela leitura. Se a criança tiver um modelo assim a sua volta, suas chances de se tornar leitora serão muito maiores, a despeito de toda essa transformação tecnológica. Transformação, aliás, que pode até ampliar as condições e oportunidades de leitura.
Programação – Encerramento Fulia 2014
11h – bate-papo com a escritora Sandra Barros e homenagem à escritora Sandra Diniz