“Vivemos num mundo confuso e confusamente percebido. De fato, se desejamos escapar à crença de que esse mundo assim apresentado é verdadeiro, e não queremos admitir a permanência de sua percepção enganosa, devemos considerar a existência de pelo menos três mundos num só” (Santos, M. 2004).
O tema escolhido foi discutido na disciplina de Geografia no primeiro capítulo do material didático digital (MDD), que aborda o assunto dentro de um contexto de possibilidades e perversidades que permeiam um processo que, de acordo com os autores do material de apoio, se inicia no período do mercantilismo e das grandes navegações (séc. XV e XVI).
O conteúdo se insere, também, na temática do português, pois as contradições existentes nesse processo aparecem como tema de debate para possíveis produções de texto.
A atividade ainda se encontra em construção. Nessa primeira etapa, os alunos foram divididos em grupos que defendem a globalização como algo positivo, partindo da ideia de que os avanços tecnológicos, proporcionados pelo processo nos vários setores, possibilitou melhorias na vida das pessoas, em seu cotidiano, potencializando suas atividades, e também proporcionou a criação de um “novo ser humano”, com maior criticidade e possibilidade de mudança.
O segundo grupo foi composto por alunos que enxergam no assunto seus pontos negativos, pois entendem que o processo como é imposto sobre as pessoas, cria uma maior desigualdade não apenas econômica, mas também intelectual, jogando cada vez mais as populações mais carentes para “áreas marginais”. A escolha dos integrantes dos grupos ocorreu de forma aleatória.
Ao final da divisão foram colocadas, no quadro, duas perguntas que buscavam analisar a globalização nos vários setores: econômicos, políticos, sociais etc.
A partir da leitura das perguntas expostas, os alunos tinham o tempo de três minutos para formularem sua argumentação, feito isso, os grupos escolhiam seus representantes para irem à frente do auditório e discorrerem a ideia do grupo, como pode ser observado nas imagens abaixo.
Além da primeira arguição, os grupos tinham direito a réplica e tréplica.
A atividade se mostrou bastante produtiva, pois colocou o aluno na “condição de professor”, sendo ele o dono ou detentor, naquele momento, de um determinado conhecimento. Tal mudança de perspectiva faz com que o aluno e seus pontos de vista possam ser ainda mais manifestados, contribuindo para o processo de ensino-aprendizagem, podendo o professor perceber na fala dos seus estudantes os pontos positivos e negativos de suas aulas.
Dessa forma, os professores puderam aprender, e muito, com seus alunos, mostrando que o processo passa por um aprendizado mutuo.
Os professores agradecem a participação e a colaboração dos alunos do 9º ano nessa proposta de atividade.
Autores:
Carlos Felipe Nardin - Professor de Geografia de Ensino Fundamental II e Médio
Gregore Silva - Professor de Português do Ensino Fundamental II